quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Introdução

Quando pensamos no termo deficiência, acabamos contrapondo com o termo eficiente, que daria a ideia de que a pessoa com deficiência seria incapaz, com menos inteligência, abrindo espaço para o desprezo e até mesmo para a depreciação. Porém, o que ocorre de fato ao convivermos com essas pessoas, é notarmos que apesar delas poderem ter dificuldades para realizar algumas atividades, elas podem ter muitas habilidades em outras áreas ou níveis.
Tal hipótese tornou-se possível de ser concretizada mediante os avanços do conhecimento acerca da plasticidade cerebral, ou plasticidade neural, que trata-se da capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões neuronais em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente, fazendo assim com que a mente desenvolva estratégias de funcionamento para suprir a falta que algum componente biológico faz.
No que tange a deficiência visual, deve-se antes de tudo salientar que, segundo a Organização Mundial de Saúde, a deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode variar basicamente entre dois tipos ou grupos: a) a cegueira, que trata-se da perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar de outros mecanismos para ser capaz de ler e escrever; e, b) baixa visão ou visão subnormal, que caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção.
Em nossa próxima postagem, estaremos falando um pouco acerca da importância da visão. E lembre-se, não deixe de ler todas as postagens na ordem, não esqueça que trata-se de um seminário. Ficamos felizes em poder contribuir para o seu crescimento conceitual.

Autor: José Mauro Braz

5 comentários:

  1. Parabéns pelo tema, embora delicado é muito importante que se fale. A reflexão sobre deficiência x eficiência caiu muito bem.
    Tenho convivido diariamente com uma pessoa que possui deficiência visual (baixa visão).
    A admiração e o respeito por essa pessoa cresce a cada dia, não pela deficiência e pelo fato de trabalhar, mas por causa de sua capacidade e inteligência.

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  2. Também ja tive a oportunidade de conviver com pessoas de baixa visão, de fato é surpreendente o quanto podemos aprender com eles. Sem dúvida era um dos pontos que Paulo Freire sem querer acabou alcançando, a questão do aprender com o inesperado.

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  3. Quando adolescente me surpreendi com o fato de ter uma professora cega na escola, assim como pelo fato de mesmo apesar da sua cegueira ter cursado uma faculdade, em época que isso não era muito comum nem a quem enxergasse. Com ela fui descobrindo um pouco mais desse universo; ela tinha uma dessas máquinas de furar, hj se viva, deve usar computador. Interessante como o ser humano tem essa capacidade de se adaptar...uma vez tentei escrever em braile um cartão para ela e ela corrigiu tudo porque não entendeu nada, eu escrevi tudo errado, e assim, vi que braile era mais que um monte de bolinhas em alto relevo. Lamento profundamente que nossas escolas ainda não estejam preparadas para receber os cegos de maneira digna, aliás como qualquer outra pessoal que requer algum tratamento especial. Para mim esse blog cumpre uma função social de disseminar as dificuldades existentes para o cego, assim como de mostrar que existem caminhos possíveis. O computador para cegos é algo basante interessante e, que anda possibilita sua interação com o mundo. Parabéns pela iniciativa!

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  4. As pessoas que tem cegueira ou baixa visão acabam desenvolvendo mais outros sentidos, como a audição e o tato. Ao receberem educação especializada, professores especializados, escolas aparelhadas, com adaptações curriculares, metodologias específicas, materiais didáticos adicionais que apoiem os saberes das diferentes disciplinas que compõem o currículo escolar, esses indivíduos desenvolvem-se de acordo com suas potencialidades reais. Parabéns pelo blog!

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  5. Parabéns é um tema muito importante.
    Que nos faz refletir o quanto somos deficientes.

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